sexta-feira, 11 de maio de 2007

Um caminho para recuperar fiéis

André Lazzarini
Eu não entendo o porquê da preocupação que seguidores de outras religiões e seitas têm com os pensamentos e discursos do Santo Papa. Cada um que siga seu líder espiritual... embora seja desejo dos católicos que todas as pessoas percebam o verdadeiro caminho Cristão dentro do catolicismo. Aceitando que o Papa é o sucessor do Apóstolo Pedro e que a Igreja, assim como o Paraíso Divino é obra de Deus e não democracia e nem ditadura (invenção do homem), os católicos devem limitar-se a ouvir, debater, e enfim obedecer. Aos não católicos, cabe a sua livre decisão de qual caminho seguir, já que o livre-arbítrio foi dado aos homens desde a sua criação. Mas jamais dizer o que o Papa deve ou não fazer.

O Catolicismo não se cansa de, através do Papa, pedir ecumenicamente que a humanidade que se oriente pela mensagem de Jesus: viva o amor ao próximo, proteja a vida a todo instante e em qualquer situação, compreenda as pessoas, seja humilde, persiga incansavelmente o caminho da paz entre os povos. O Papa, sempre iluminado pelo Espírito Santo em suas falas, nunca profere palavras que não sejam de paz e compreensão. Infelizmente vemos o insano desejo de agredir o Papa – assim como foi feito com Jesus – o que é fato notório nas distorções de suas palavras e suas idéias pelas nas publicações mundo afora. Interpretações capciosas são dadas a todo o momento. Se alguém quiser ler na íntegra, sem contaminações, os dizeres do Papa, as suas homilias e seus discursos, sugiro que procurem fontes confiáveis, sempre ligadas ao Vaticano ou à alguma instituição Católica.

O homem, portador de liberdade plena, procura a todo instante justificar suas atitudes. É normal que, dentro desse modo de pensar, procure todos os caminhos que justifiquem seu modo de vida, suas ações da forma como bem lhe convier. Seguir os ensinamentos de Jesus, através da Igreja Católica deixada por Ele para nós, é algo deveras difícil (humanamente falando), pois necessita que o homem escolha, por sua livre e espontânea decisão, um caminho de fé, de amor, de paz, de simplicidade, e de humildade ao se dobrar perante nosso Deus, louvando-o e idolatrando-o. Esse caminho é difícil, pois o mundo atual é contaminado por impurezas que atentam contra o Cristianismo (não só o Catolicismo). E nem todas as pessoas estão dispostas a se sacrificar para ter uma vida Cristã reta e direita, e muito menos encarar um sacrifício infinitesimamente menor como Jesus se enfrentou. Ele acabou na cruz... alguém estaria disposto à esse fim também?

É mentira dizer que a Igreja Católica amedronta seus fiéis com idéias de demônios e de penosos castigos divinos. Deus não castiga. Deus é amor, Deus é perdão, Deus é pacificador: para viver Suas graças, basta que você se reconheça como pecador e seja humilde redimindo-se perante Ele. Amedrontador é dizer que tudo o que passamos nessa vida é um preço que pagamos por pecados cometidos em outras encarnações e que teremos que nos re-encarnar muitas vezes mais para podermos nos santificar. Deus que me livre desse sofrimento!

Eu diria que o caminho para recuperar fiéis passa antes pelo caminho de um auto-exame pessoal: as pessoas perceberem seu modo de vida, suas atitudes e seus pensamentos: se eles seriam ou não a vontade de Cristo para nós. Quando se derem conta disso, enxergarão claramente a verdade nos ensinamentos de Cristo que são o caminho próprio da Igreja Católica.



Publicado na Folha de Londrina - 11/05/2007 - página 02

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