terça-feira, 18 de maio de 2004

Novamente sobre as cotas II

Assitindo um telejornal na semana passada, comecei a ver a que destino absurdo estão encaminhando a questão das cotas no Brasil. Em outras cartas que publiquei aqui neste blog, venho alertando os leitores a respeito do "apartheid" que está, sorrateiramente, implantando-se no Brasil. Primeiramente através da "mágica" que as "cotas nas universidades" que querem propor. Agora, conforme vi no telejornal que, devido a uma pesquisa sobre o nível salarial de brancos e negros aonde os salários dos negros são absurdamente inferior por pura discriminação, um repórter sugeriu que está em estudo a criação de uma lei que obrigue as empresas a ter um percentual de seus funcionários negros. Ou seja: cotas para negros também nas empresas. É a sequência que se poderia esperar das cotas nas universidades. Um absurdo! Essa obrigatoriedade é mais uma forma de fomentar a discriminação racial. Mais uma vez alerto: daí a criação de ambientes especiais para negros (para "separá-los" dos brancos) é um pequeno passo. Através de medidas puramente populistas estão fomentando a divisão racial no país, incrementando um sentimento racista e discriminatório entre as pessoas. O resultado de tal política só pode ser um desastre social.

Novamente sobre as cotas

A respeito da carta publicada na Folha de Londrina, nesta terça-feira, 18/05/2004, quero parabenizar o sr. Wilson Lino Sant´ana pela clareza, honestidade e principalmente pela sua esclarecedora posição a respeito dessa atitude extremamente racista que os populistas de plantão estão querendo impor. É preciso ter atenção à atitude que pode ou não ser discriminatória - e o sistema de cotas é indiscutivelmente racista. Assim como o sr. Wilson não tolera ser discriminado, embora tenha sido durante toda sua vida, ninguém, seja branco, negro, amarelo ou mulato, tolera ser discriminado, sob nenhum pretexto. Nem os brancos querem ser discriminados pelos negros! Criar cotas nas Universidades seja para quem for, é criar nas pessoas o sentimento de que alguém está sendo favorecido. A partir da criação de tal sistema de cotas, estarão abrindo o caminho incrementar a discriminação que já existe no Brasil, ainda que as vezes disfarçadamente. Daí à criar banheiros separados, cantinas distintas, e salas isoladas é um pequeno passo. Criar cotas para determinadas pessoas é discriminação clara e evidente. Não podemos tolerar discriminação: seja racial, seja econômica, seja qual for! Ninguém é melhor que o outro, nem branco, nem amarelo e nem negro. Concordo plenamente e reforço a afirmação do sr. Wilson Sant´ana: "A reserva de cotas para negros nas Universidades somente fomentará o racismo em nosso país". Não é criando cotas nas Universidades que a questão da discriminação racial será resolvida, mas ao contrário, agravada.