sexta-feira, 6 de maio de 2005

Aborto de Anencéfalos

Muito humana e bonita a mensagem deixada (leia abaixo) por por uma mãe na enquete que está sendo realizada pelo Jornal O Globo On-Line, a qual poderia, ao invés de mãe, ter se tornado assassina caso tivesse permitido que a sua filha fosse abortada em razão de ser anencéfala.

"A diferença entre o homicídio e o aborto é tão somente o lugar aonde a vítima se encontra"
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monica torres lopes sanches -
nica.torres@terra.com.br - 28/4/2005
Levei até o fim a gestação de minha nenem Giovanna que tinha anencefalia. Ela nasceu dia 25/03/05 e ainda tenho nos meus ouvidos o chorinho dela ao nascer como se me pedisse proteção. Curtimos, protegemos e demos carinho o quanto de tempo tivemos com ela. Quanto ao que o Ministro Ayres Britto disse, respondo-lhe que embora minha filha não tenha tido quarto, berço e nem brinquedo, ela teve muito amor. Na UTI lhe fiz carinho e conversei com ela. Neste momento para surpresa até das enfermeiras, seus batimentos cardíacos que estavam baixos subiram e se estabilizaram provando que ela me reconheceu. Esta foi a prova de que ela é gente como qualquer outro bebê e só nos trouxe alegrias. Ao invés do remorso por tê-la matado, preferimos ficar com a saudade de sua presença rápida (seis horas e quarenta e cinco minutos) mas intensa.

... sem comentários...

Construtoras do Mundo

Recebi de um grande amigo, por e-mail. Achei seu recado muito importante, e precisa ser divulgado. Apreveitem o texto abaixo:


CONSTRUTORAS DO MUNDO
A comemoração do Dia das Mães teve um início mitológico. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. No início do século XVII, na Inglaterra, o quarto domingo da Quaresma começou a ser consagrado às mães das operárias, que ganhavam o dia de folga para visitar suas mães. Em 1914, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, estabeleceu o segundo domingo de maio como Dia Nacional das Mães, por sugestão de Anna Jarvis. Esta, em 1923, respondeu furiosa a um repórter: "Não criei o dia das mães para ter lucro”. Nesse mesmo ano, ela que tanto havia lutado pelo reconhecimento da data, entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, mas não obteve sucesso.
No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Mais tarde a data foi também reconhecida pela Igreja Católica.
Hoje, em minha peregrinação midiática diária, entro num site que anuncia um “Especial do Dia das Mães”, e não encontro nenhuma mensagem ou homenagem especial, apenas “ofertas” comerciais e isto se repete na TV, nos jornais, revistas, rádios, etc. Não sou contra as atividades comerciais, ao contrário, entendo que o aquecimento do comércio faz girar o ciclo virtuoso do crescimento econômico, mas há uma simplificação que releva as homenageadas a segundo plano. Leio as notícias e vejo dezenas de pessoas mortas, torturadas, seqüestradas, discriminadas, famintas, desesperadas. São tantas coisas a dividir os homens, tantas injustiças, diferenças ideológicas, religiosas e econômicas, que mascaram um fato que nos identifica inexoravelmente: “somos todos filhos da mãe”.
Vamos então nos reportar a este fato e ao que representa a figura materna. Assim poderemos transformar todos os dias em Dia das Mães e dar a elas o melhor de todos os presentes: um mundo realmente melhor para seus filhos.
A todas aquelas mulheres, que constroem a cada dia o nosso mundo, todas as nossas homenagens!
Cleimon