sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Máquinas de camisinhas nas escolas

Eu digo NÃO!
Mais uma vez está comprovado que entregar ao Estado a responsabilidade das obrigações da família é um desastre total. A lição de casa deve ser feita em casa e pelos próprios pais, e não em outro lugar e nem por outros que não sejam os próprios responsáveis, as mazelas irão se espalhando, plantando inconsequências e confusão em todos os cantos.
Na ausência de quem o faça responsavelmente, sempre haverá quem tome o lugar e o faça da forma que lhe convier. Da mesma forma que, quando a família se omite perante diversas necessidades dos seus filhos, estes por sua vez procuram quem as satisfaça e muitas vezes caem nas garras dos traficantes de diversos produtos: entorpecentes, sexo, e da vida.
Também por esse vácuo familiar, assistimos o Estado assumir responsabilidades da família, quando esta se omitiu nos tempos devidos. Várias questões anteriores à esta - máquinas de camisinhas - deveriam ter sido responsavelmente discutidas nos momentos em que se apresentaram e não o foram. Ficaram perdidas nos discursos de "educadores" e curiosos (mais de "curiosos" do que educadores).
Assim, o Estado, autodenominando-se tutor da juventude, acha por bem pregar que: o sexo deve ser discutido da forma mais superficial possível, valorizando o prazer (pior ainda: o prazer individual e nunca do companheiro(a)) em detrimento de seus nobres objetivos, evitando polemizar a necessidade do casamento, a objetividade da reprodução, justificando-se, para tanto, em sua laicidade - um viés ao avesso; gravidez - que habituou-se acompanhá-la sempre do adjetivo "indesejada" - nunca é pregada como deveria ser: uma felicidade, porque resultou do amor profundo entre duas pessoas e do sexo responsável, e que agora devem sentir-se orgulhosos por terem sob suas responsabilidades uma nova vida que está a caminho. Mas não. Prega-se o avesso: casamento? Em desuso. Família? Muito "custoso". Educar os filhos? As escolas que se virem. Sexo? Quando quiser. Gravidez? Indesejável sempre... para evitar, use camisinha... se não conseguiu, estamos providenciando o aborto legal.
E assim caminhamos a passos largos em direção à completa destruição dos valores pessoais, do amor, da caridade, da família e, sobretudo, da proteção da vida como meta primordial de vida. A vida torna-se uma mercadoria, podendo ser escolhida quando e como deverá ser presente. Camisinhas à rolê nas escolas é um convite à promiscuidade, ao sexo banal, inconsequente e o risco da gravidez irresponsável.
As saídas que o Estado, em sua decadência moral, encontra para os problemas são as mais fáceis e menos custosas: o paternalismo míope das diversas bolsas descompromissadas com a qualificação pessoal e profissional, e as cotas nas universidades na contramão da melhora da qualidade do ensino são dois exemplos do mesmo viés das máquinas de camisinha. Não trarão nenhum benefício para a sociedade; ao contrário, pioram ainda mais a qualidade de vida, na medida que lhes rouba a essência de suas vidas: a defesa da própria vida!

Carta publicada na Folha de Londrina - edição de 13/09/2008 - página 03. (exceto o trecho em itálico, que foi cortado por "falta de espaço".

domingo, 17 de agosto de 2008

A respeito da reportagem MUNISÍTIOS

(Folha de Londrina, 17/08/2008 – Caderno Especial, página 01).

O tom poético da reportagem, intencional ou não, esconde atrás dos versos, das flores e da beleza puritana um execrável atraso tecnológico, um interesseiro viés imperialista e uma maldosa vontade de manter tudo como está. Por quê?

Oras, não é difícil perceber que a vida no campo, romanticamente descrita, direciona os leitores para o saudosismo rural, aquele dos “bons tempos”, da vida sem controles rígidos, da paz entre os vizinhos, do leiteiro batendo à sua porta e do queijo colonial envolvendo a goiabada caseira.

E não há nada de mal nisso, não fossem a inversão das prioridades levadas à disposição desses munícipes.

Frases de efeito são como o remédio que esconde a dor: “... um dos estados mais ricos do país”; “... braço forte do povo que faz a terra produzir”; e vai por aí afora. Eleva-se o moral para em seguida mostrar-lhe, ainda que ligeira e disfarçadamente, a verdade: “Mas a riqueza não beneficia a todos”.

Viver no campo, em pleno século XXI, como se vivia no século XIX ou no anterior, é notável atraso. Intencional ou não, é atraso. A modernidade trouxe benefícios incontestáveis em nome do bem estar, da saúde e do conforto para o homem. E essa modernidade deve ser disponibilizada igualmente para todas as cidades e não restringir-se aos pólos e grandes centros. É certo que males vieram a reboque, assim como o efeito colateral do remédio que cura: no mínimo o sabor amargo.

Mas o que é inadmissível é o tom conformista proposto pela reportagem, adoçado no tom poético que remete a vida no campo; lê-se claramente nas entrelinhas: sem as horas que o controle, sem a velocidade de suas necessidades, sem os atropelos da modernidade. Mas também se lê nos últimos parágrafos a verdade escrita ao avesso: o progresso conquistado à custa de suas riquezas trouxe para vocês, moradores e trabalhadores braçais dos pequenos municípios paranaenses, o maior cuidado dos governos federal e estadual que, na sua piedade satânica, proporcionaram urgentemente as melhoras que eles acharam que deveriam ser levados aos mais perdidos rincões do estado: o melhoramento genético para seus gados, incremento na diversificação da produção/produtividade; qualificação dos trabalhadores; etc. Tudo em prol da preocupação do Estado com sua população. E frisado, muito bem frisado no final da reportagem: “... devolvendo a dignidade a estas populações que, aos poucos, vão recuperando a auto-estima e a esperança em dias melhores.”.

Oras bolas... é só o que consigo dizer:

ORAS BOLAS!!!

Um Estado que se preocupa, antes de qualquer coisa, com a produção, a produtividade, a capacitação dos trabalhadores, melhoramento genético para o gado, etc, E NÃO PROPORCIONA SAÚDE, ESCOLAS, ESGOTOS E TRATAMENTO DE ÁGUA, TRANSPORTE, etc. Esses benefícios deveriam ser as prioridades, mas não o são. E o povo, bovinamente, assim o aceita. Exatamente porque há muitos a serviço desta mão invisível, dourando-lhe a pílula e distribuindo à população.

Um Estado que olha para seu povo, pede seu voto, mas não o retribui?

Um Estado que, em pleno século XXI, preocupa-se em manter seu povo na produção primária, predominantemente agropastoril, para sermos campeões na agro-pecuária, exportadores de matéria-prima?

Um Estado que, apesar de ser eleito “pelo povo e para o povo”, não o representa e não proporciona o progresso positivo para seu povo?

Um Estado que deveria olhar para seu povo com olhos de pai que ama seu filho: preocupando-se com seu desenvolvimento, com seu crescimento e aí sim, resgatando-lhe sua auto-estima e sua dignidade.

Um Estado que prefere melhorar o bem-estar dos gados, ao invés de seu povo.

Um Estado que quer manter seu povo no romantismo rural, pois assim não será risco para seu poder.

Mas também:

Um Estado iludido pela soberba e vendido ao poder econômico; um Estado que serve somente ao capital e a ganância desenfreada de seus tentáculos, pregando o moralismo rural para a população; o sonho dourado da vida tranqüila para poder surrupiar-nos o verdadeiro sonho: uma vida verdadeiramente digna, com os confortos da modernidade associado à vida tranqüila das pequenas cidades.

Porque?
Ganância, ganância, ganância. Poder, poder, poder. Custe o que custar.
E reportagens poéticas, como estas, não beneficiam; ao contrário, traem os anseios populares, adocicando-lhes com um placebo que nunca vai curar a doença; traem os sonhos humanamente dignos, trocando por uma “... esperança em dias melhores.”.

sábado, 9 de agosto de 2008

Sabedoria Médica

Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:
- Doutor, o sr. terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...
E então o médico perguntou :
- Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?
A mulher respondeu :
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois do seu silêncio disse para a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.E então ele completou :
- Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
A mulher apavorou-se e disse :
- Não doutor! Que horror! Matar um criança é um crime!
- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.
O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Considerações atualíssimas sobre a Zona Azul

Ainda que muitos reclamem e poucos se manifestem à favor, gostaria de fazer algumas colocações mostrando alguns pontos ainda poucos perceptíveis pela maioria:
1) A Lei, sendo boa e bem formulada, quando aplicada eficazmente por aqueles que têm tal incumbência, beneficia toda população; só não vão beneficiar-se aqueles que querem “dar um jeitinho”, atitude típica de quem quer ter uma vantagenzinha sobre outro, para depois contar aos amigos, dando gargalhadas;
2) Se a CMTU e seus agentes se mantiverem firmes no propósito de fazer-se cumprir a velha Lei, notaremos dentro de alguns meses que ficará mais fácil estacionar no centro da cidade e nos locais aonde a Zona Azul é aplicada, beneficiando toda a população. Com o tempo, os “aproveitadores” desistirão e as vagas vão sobrar para aqueles que são honestos e prezam as Leis;
3) Não há outro meio de se garantir vagas para todos nos locais de maior movimento se não regulamentar um estacionamento rotativo, com agentes fiscalizadores e ser rígido na punição dos que insistirem em não respeitar;
4) Pode-se sim estudar uma fórmula diferencial a ser aplicada em regiões de clínicas e hospitais, pois é sabido que nestes locais, duas horas pode ser pouco tempo para estacionar. Aos médicos, clínicas, laboratórios e hospitais, cabem o dever de colaborarem com a sociedade, dando o exemplo ao cumprirem com os horários marcados para os atendimentos, respeitando o consumidor;
5) É normal, principalmente no Brasil, haver choros e reclamações nos primeiros dias da aplicação rígida de uma Lei, mesmo que seja uma velha Lei resgatada para ser cumprida. São esperadas manifestações como essas alegando ignorância, desconhecimento e falta de orientação; todas completamente infundadas e descabidas, pois a cidade encontra-se bem sinalizada nos locais onde a Zona Azul está presente. Essas reclamações acontecem porque a Lei nunca foi aplicada corretamente, além do fato de que todos querem se beneficiar do “jeitinho brasileiro”, daquela tolerância irritante que atrapalha o trânsito, piora o humor das pessoas e traz à tona sentimentos de ira, acompanhado das palavras sujas habituais;
6) Para a (in) felicidade geral da nação: felizmente nem todos são de ferro! Muito menos os agentes da CMTU e seus comandantes! Então, resta à população tolerar essa aplicação exagerada e hiper-rígida por alguns dias ou semanas, assim, dentro de algum tempo, não muito, voltaremos ao mesmo velho e mau hábito de estacionar como quiser e quando quiser, pois, no que diz respeito ao trânsito, não há cumprimento de Lei que perdure quando se deseja combater maus hábitos. Os movimentos pró-lei são somente nos instantes iniciais em que se decidiu colocá-la em prática. Basta passar algum tempo, sair da mídia, e tudo voltará como era antes.
Afinal, é muito cansativo ser correto e honesto, não é mesmo? Que pena!

sábado, 26 de abril de 2008

Éramos todos negros


A você que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho um conselho: não seja ridículo


ATÉ ONTEM , éramos todos negros. Você dirá: se gorilas e chimpanzés, nossos parentes mais chegados, também o são, e se os primeiros hominídeos nasceram justamente na África negra há 5 milhões de anos, qual a novidade?A novidade é que não me refiro a antepassados remotos, do tempo das cavernas (em que medíamos um metro de altura), mas a populações européias e asiáticas com aparência física indistinguível da atual.


Trinta anos atrás, quando as técnicas de manipulação do DNA ainda não estavam disponíveis, Luca Cavalli-Sforza, um dos grandes geneticistas do século 20, conduziu um estudo clássico com centenas de grupos étnicos espalhados pelo mundo.Com base nas evidências genéticas encontradas e nos arquivos paleontológicos, Cavalli-Sforza concluiu que nossos avós decidiram emigrar da África para a Europa há meros 100 mil anos.Como os deslocamentos eram feitos com grande sacrifício, só conseguiram atingir as terras geladas localizadas no norte europeu cerca de 40 mil anos atrás.


A adaptação a um continente com invernos rigorosos teve seu preço. Como o faz desde os primórdios da vida na Terra sempre que as condições ambientais mudam, a foice impiedosa da seleção natural ceifou os mais frágeis. Quem eram eles?Filhos e netos de negros africanos, nômades, caçadores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne animal. Dessas fontes naturais absorviam a vitamina D, elemento essencial para construir ossos fortes, sistema imunológico eficiente e prevenir enfermidades que vão do raquitismo à osteoporose; do câncer, às infecções, ao diabetes e às complicações cardiovasculares.


Há 6.000 anos, quando a agricultura se disseminou pela Europa e fixou as famílias à terra, a dieta se tornou sobretudo vegetariana.De um lado, essa mudança radical tornou-as menos dependentes da imprevisibilidade da caça e da pesca; de outro, ficou mais problemático o acesso às fontes de vitamina D. Para suprir as necessidades de cálcio do esqueleto e garantir a integridade das demais funções da vitamina D, a seleção natural conferiu vantagem evolutiva aos que desenvolveram um mecanismo alternativo para obter esse micronutriente: a síntese na pele mediada pela absorção das radiações ultravioletas da luz do sol. A dificuldade da pele negra de absorver raios ultravioletas e a necessidade de cobrir o corpo para enfrentar o frio deram origem às forças seletivas que privilegiaram a sobrevivência das crianças com menor concentração de melanina na pele.


As previsões de Cavalli-Sforza foram confirmadas por estudos científicos recentes. Na Universidade Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan Pritchard realizaram exames de DNA em 52 grupos de habitantes da Ásia, África, Europa e Américas.Conseguiram dividi-los em cinco grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por desertos extensos, oceanos ou montanhas intransponíveis: os africanos da região abaixo do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáticos que vivem a oeste do Himalaia, os habitantes de Nova Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas. Quando os autores tentaram atribuir identidade genética aos habitantes do sul da Índia, entretanto, verificaram que suas características eram comuns a europeus e a asiáticos, achado compatível com a influência desses povos na região.Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação.


No ano passado, foi identificado um gene, SLC24A5, provavelmente responsável pelo aparecimento da pele branca européia. Num estudo publicado na revista "Science", o grupo de Keith Cheng seqüenciou esse gene em europeus, asiáticos, africanos e indígenas do continente americano.Tomando por base o número e a periodicidade das mutações ocorridas, os cálculos iniciais sugeriram que as variantes responsáveis pelo clareamento da pele estabeleceram-se nas populações européias há apenas 18 mil anos.
No entanto, como as margens de erro nessas estimativas são apreciáveis, os pesquisadores tomaram a iniciativa de seqüenciar outros genes, localizados em áreas vizinhas do genoma. Esse refinamento técnico permitiu concluir que a pele branca surgiu na Europa, num período que vai de 6.000 a 12 mil anos atrás.

A você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo.

escrito por Drauzio Varella e assino embaixo

quarta-feira, 5 de março de 2008

Quando não servir para mais nada... torne-se cobaia de cientista!

É assim que os nazistas classificaram alguns judeus, naqueles tempos de Segunda Guerra Mundial. Ou será que só tolos acreditam nessa história?

No artigo de VEJA, desta semana (05/03/2008), André Petry demonstra uma face nazista, dando um claro destino para aquilo que julga não prestar pra mais nada: “ou vai para o laboratório ou vai para o lixo”. Oras, Sr. André, cuidado com o que diz... suas palavras podem ecoar contra a sua própria pessoa... em algum momento de sua vida, esta legislação que o sr defende poderá atentar contra sua própria vida. Num certo momento, quando estiver velho e improdutivo (dentro dos padrões que exigirem à época) o senhor poderá ser jogado num canto de laboratório, já que nenhum valor mais terá a vida, com seus membros amputados, e sua vida segurada por um aparelho qualquer apenas para mantê-lo utilizável nas experiências que os cientistas estiverem dedicando-se naquele momento. Que mal há nisso? Ele era mesmo um velho decrépito... já não prestava para mais nada!

Atentar contra a vida – em qualquer momento em que ela se encontra – é um descalabro. Quem é que pode garantir que os embriões obtidos de forma laboratorial não são vidas congeladas? “Na dúvida, não ultrapasse!” Como pode o Estado – tutor da vida de todos os seus cidadãos – condenar alguém à morte? Que poder é esse que querem dar a este Estado? Eu não quero viver submetido á um estado que se diz democrático, mas ameaça de morte aqueles que ele assim escolher, segundo seus padrões de produtividade ou padrões de permissão para viver.

Não! Há um equívoco nessa discussão toda que querem tapar a todo custo. Não é uma discussão católica, evangélica, cristã ou religiosa. Seu quadrinho com pesquisa entre católicos e evangélicos serve para desviar a atenção; ademais, uma pesquisa desse tipo foi feita em que padrões? Qual o nível de conhecimento dos entrevistados? O quão católicos ou evangélicos são esses 95%? De finais de semana ou cristãos realmente devotos e conhecedores a fundo da fé cristã e da defesa da Vida?

Essa é uma discussão em que muitos daqueles que defendem essa tal Lei, não enxergam o poder que estão dando aos dirigentes: poder para decidir quem pode e quem não pode viver. Não enxergam, porque os mal-intencionados fazem essa confusão toda, para ludibriar aqueles mal informados. É um jogo político, sujo, como temos visto no Brasil em todas as eleições. Decisão pela vida nunca foi uma decisão religiosa. Mas abusa-se desse argumento, desviando as atenções do propósito ditatorial embutido nessa ganância de comandar a vida das pessoas.

E quem garante que, se tal Lei for aprovada, não surgira outros complementos e emendas trazendo a tona mais claramente a vontade ditatorial de decidir quais são os eleitos para viver?

Os cientistas nazistas – como deve o senhor saber – também pensavam assim, como estão pregando hoje. Religião? Não levamos em conta. Oras, esses pobres judeus vão para o forno mesmo, então porque não utilizá-los em experiências na tentativa de purificar nossa raça? Quem se importará, já que eles estão mesmo condenados à morte e vão para o lixo (uma vala qualquer, quando não um depósito de cinzas)?

É exatamente a mesma coisa. A única mudança é que hoje não classifica-se aqueles condenados à morte pela sua raça/credo, mas sim pela sua suscetibilidade vital, ou melhor, pelo seu poder de dizer sim ou não. Como pode um embrião optar pela vida, pelo lixo ou por um tubo de ensaio? Ele não pode decidir. E aqueles que se dizem possuidores de inteligência deveriam decidir por eles – a decisão sensata e correta: a decisão pelo direito de viver.

Complemento ainda, Sr. André Petry: nem os pais que geraram esse embrião, são possuidores do poder de decidir pela sua vida ou sua morte. Eles são sim responsáveis pela manutenção da sua vida – em qualidade – até que esse embrião torne-se pessoa independente e “caminhe pelos próprios pés”.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Quando eu descobrir o que você sabe, eu vou contar para todo mundo!


"A Educação em nosso país sempre foi para poucos. Na época do meu Colegial, o professor que falasse do tema "escola boa e competente para TODOS" era CHAMADO DE COMUNISTA. Nós estávamos no Governo JK, anos 50. A sociedade – a chamada Classe Média – estava pouco se lixando e/ou acompanhando – achavam uma maravilha."


Querida(o) Amiga(o),


Não vou escrever, muito. Vou reproduzir apenas um e-mail que recebi dias atrás. O e-mail é curto. Não se preocupem, dá até para ler no blackburro.


"Trabalho numa empresa de varejo. Hoje é dia de contratação. A fila lá fora chega a umas trezentas pessoas. Estamos oferecendo 60 vagas em diversas funções. Para todas, a escolaridade exigida é o 2 grau. A chefe lá do RH acabou de informar que será um milagre conseguir preencher 30 das vagas.


Motivos de eliminação;


1 - Traje: cara, é incrível que vem muita gente vestida com bermuda, sainhas curtas, seios à mostra, camisetas cavadas das mais variadas cores e fazendas. Está mais para festa do que para busca ao emprego.


2 - Não trazer os documentos exigidos: O placa fica na porta da filial por uma semana, com as exigências mínimas, mas parece que o povo só lê as linha da vaga e do endereço para entrevista;


3 - O temido "teste escrito": Eu chamo de "teste de analfabetismo", uma vez que são pergutinhas tolas de Português e 4 questões de matemática de 4ª série. Neste ponto ocorre o massacre, onde a maioria semi-analfabeta, de idades que variam entre 22 e 40 anos, alguns com nível universitário, tombam vergonhosamente. Nem teço comentários, pois os fatos falam por si." Milhões de adultos e jovens brasileiros estão completamente atrasados em comparação a quem trabalha hoje a mil por hora.


O que cada um de nós pode fazer para ajudar essa turma a se incluir socialmente, tecnologicamente, humanamente etc etc etc?


1. Compartilhar conhecimento.

2. Emprestar livros.

3. Dar palestras de graça.

4. Criar algum tipo de ONG local para reciclar adultos.

5. Ser Mentor de alguém.

6. Reciclar computadores.

7. Ler para os outros.

8. Fazer o CV dos caras.

9. Empurrá-los ladeira abaixo para aprenderem alguma coisa.

10. Jogar a televisão fora.

11. Oferecer cursos pré-preparatórios para conseguir trabalho.

12. Ensinar a usar um computador.

13. Ensinar uma nova profissão.

14. Levar ao Campus Party Brasil 2008

15. Conte a ele HISTÓRIAS de heroísmo, ética, coragem, honestidade, auto-estima, amor próprio, civilidade, boa vontade.

16. Convidá-lo para participar de 2 almoços com outras pessoas.

17. Criar a Sexta-feira da Inclusão, onde você traz para dentro da empresa um ou dois adultos, e mostra a eles como as coisas são e realmente funcionam dentro de uma empresa de verdade.

18. Levar ao Campus Party Brasil 2008.

19. Ajudá-lo a descobrir os seus próprios pontos fortes.

20. Lembrá-lo que na era do computador, a limpeza da pele e o peso do corpo não importam muito, o que interessa é o que está dentro da cabeça.

21. Arrancá-lo na marra de dentro de casa e metê-lo dentro de um ou dois eventos de networking por semana onde possa conhecer novas pessoas.

22. Contratar apenas quem faz trabalho voluntário, ou comprovadamente se esforçou para ajudar outros a serem bem sucedidos.

23. Ensiná-lo a ler MUITO! LIVROS COMPLETOS, ARTIGOS EXTENSOS, DISSERTAÇÕES, ou, se não gosta de ler, pelo menos ouvir livros completos em mp3.


Eu posso até acreditar que existam pessoas que se recusam a compartilhar o que sabem com medo de perder a pose.


Para essa turma de bossais, um recado: quando eu descobrir o que vocês sabem, EU VOU CONTAR PARA TODO MUNDO! Educação é para todos, todos que quiserem; e aqueles que não quiserem, vão ter que engolir.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Assassinato da Língua Portuguesa!

Podemos imaginar o que essa placa quer dizer:
NÃO DÊ ESMOLA. DÊ OPORTUNIDADE.

Sem os acentos e sem a pontuação, mesmo assim, com boa vontade, dá para entender o que quer dizer! Mas é estranho: "não de esmola de oportunidade". Nesse caso a "esmola de oportunidade" é algo que não deve ser praticado. Isso se entendermos o primeiro "de" do verbo dar, grafando-se corretamente "dê".
Poderíamos brincar com a pontuação, porque, já que não há acentos, quem garante que a pontuação está correta? (já que ela nem existe!!!)

  • - Não dê esmolas de oportunidades!
  • - Não! Dê esmolas de oportunidades...
  • - Não de esmola nem de oportunidade... vive um homem!

E assim vai...
Pelo menos lembraram de colocar o "til" sobre o "a" do não!!!

Será que não havia um "revisor" para autorizar este texto antes de publicá-lo em tal placa? Será que o responsável por tal placa não leu a mesma antes de autorizar a sua confecção e publicação?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quadrinhas

Exemplos de trovas famosas entre os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco que podem se tornar patrimônio imaterial de São Paulo:
  • Orgulho
Onde é que mora a amizade,
Onde é que mora a alegria?
No Largo São Francisco,
Na velha Academia.
O tempo que vai passando,
Não passa na faculdade
Aqui sempre nos sentimos
Com vinte anos de idade.
  • Paquera
Não sei se é fato ou se é fita,
Não sei se é fita ou se é fato
O fato é que ela me fita,
Me fita mesmo de fato.

  • Romantismo
Mal sabes tu que desprezas
Os olhos com que te sigo
Que meus oolhares são rezas,
Ditas baixinho, comigo.

  • Professores
Estava domingo na praia
Comendo amendoim
Chegou o Ataliba e disse:
"O Estado é o meio e não fim"

"Homenagem" a José Carlos de Ataliba Nogueira (1901-1983), professor da São Francisco e autos de O Estado é meio e não fim
  • Famosos
Se o elefante voasse,
Seria o rei dos insetos
Mas como o elefante não voa
Não é o reio dos insetos

Atribuída ao ex-presidente Jânio Quadros (1917-1992)
  • Pindura
Garçom, tira a conta da mesa,
Põe um sorriso no rosto
Seria muita avareza
Cobrar do XI de Agosto


"Aplicada" pelos integrantes do Centro Acadêmico para pendurar a conta no restaurante no 11 de agosto, o célebre Dia do Pindura
  • Provocação
Que faculdade é essa
"Mal" e sem compostura.
Em vez de ensinar Direito
Ensina corte e costura

"Dedicada" aos estudantes da faculdade rival Mackenzie
  • Divertida
O homem é mesmo o diabo
Não há mulher que o negue
Mas todas elas procuram
Um diabo que as carregue



Fonte: Departamento do Patrimônio Histório da Prefeitura de São Paulo
Publicado no Jornal "O Estado de São Paulo"

sábado, 12 de janeiro de 2008

Era uma vez uma TV...

O último "traço" de cultura na TV Globo foi exterminado. Ao anunciar que o Globo Repórter dará lugar o Big Brother nos próximos meses, a Rede Globo conseguiu sepultar mais um programa que se aproximava de algo culturalmente aceitável. A mediocridade está sendo coroada, e os telespectadores estão sendo presenteados com o oscar da futilidade. Já não bastam novelas cheias de péssimos exemplos e o culto à banalidade. Resta ao tele-espectador desligar a TV e ressuscitar o velho e bom hábito da leitura de bons livros: certamente só trará benefícios para sua cultura e bons exemplos para seus filhos.


Carta publicada na Folha de Londrina - edição de 13/02/2008 - página 02
http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=12162LINKCHMdt=20080113

A educação do prazer: desde a infância?

  • *Por João Malheiro *
Ao depararmos nos noticiários com jovens de classe média abastados que agem de forma cruel e infra-humana, matando, por exemplo, pessoas da sua própria família, ou com pais que jogam o próprio filho recém-nascido no pára-brisa de um carro por raiva, é cada vez mais comum nos perguntarmos: o que é que está acontecendo com a sociedade? Como é possível que um ser humano possa chegar a semelhantes níveis de violência e insensibilidade? O que leva essas pessoas a perder totalmente a racionalidade e a transformarem-se em verdadeiros “bichos do mato”?

Há diversas possíveis respostas para estas indagações – sejam de índole médico-psiquiátrica, sociológica, filosófica, religiosa etc. – e, portanto, haveria que se pesquisar caso por caso para evitar generalizações perigosas e superficiais. Mas acredito que em todas elas se pode apurar que um grande parte da culpa recai na deficiência, desde a infância, da educação do prazer. Uma deficiência que foi crescendo, desde os anos 70, paulatinamente, década por década, mas que, atualmente – qualquer pai e educador percebe claramente –, vem chegando a níveis bastante preocupantes.

Qualquer pai, educador ou psicólogo sabe por experiência que a dificílima tarefa de educar consiste justamente em ir fortalecendo, ano após ano, passo a passo, num grande exercício de paciência, a inteligência e a vontade do “pimpolho” de modo que consiga que toda a sua carga afetiva-sentimental, instintiva-passional e os seus sentidos-gostos sejam moderados e direcionados para as grandes metas da vida. Antes da inversão da “chave” (de “<” para “>”), qualquer criança viverá sob o domínio do prazer sensível e identificará felicidade com prazer, o que é um dos maiores enganos deste início de século. Se perguntarmos a um adolescente o que o torna feliz ou o que ele identifica como felicidade, descobrirá que para uns será dormir bastante e a qualquer hora, comer o que lhe der na telha e nas melhores praças de alimentação, divertir-se com os mais diversos recursos audiovisuais que a indústria eletrônica oferece para todos os gostos, viajar bastante nos feriados, ir às festas mais badaladas da noite: enfim, as alegrias materiais, fugazes, rápidas, que não deixam muita coisa no “ser” e que, apesar de serem elementos importantes para a felicidade, não são nem de longe o mais importante.

BUSCAR O PRAZER E EVITAR A DOR

Em outros casos, detectaremos que o jovem adolescente identificará a felicidade com “fazer o que se gosta e fugir do que custa”: é a dinâmica própria da velha doença dos sentimentos desvairados que se chama sentimentalismo. Todo mundo quer e gosta de se sentir bem. O problema não é esse. O problema está em parar nisso: em colocar o fim da vida nisso, pois como será possível alcançar os ideais altos que todo ser humano normal anseia, ou conseguir almejar uma capacidade séria e forte de compromisso, somente sentindo-se bem na vida?

Por fim, outros ainda alegarão que felicidade é ficarem na sua “bolha”: o quartinho, a caminha, a mesinha, com ar condicionado, frigobar, computador-TV-videogame-DVD, cachorrinho, livres dos perigos da vida... Quantas mães são as próprias criadoras destas “bolhas”, que não passam de “câmaras” de infra-filhos, os quais irão crescer sem anticorpos para vencer as dificuldades da vida!

Podemos observar, portanto, que toda a criança, nos primeiros anos da sua vida, é “naturalmente” egoísta e tremendamente hedonista (prazer pelo prazer, sem porquês, sem medidas, sem limites). Como se já não bastasse toda esta força negativa da própria natureza humana da criança, vem-se somando, desde os anos 70, uma outra carga negativa que é a força do meio em que toda criança vive. É já lugar-comum afirmar a força que exercem hoje os meios de comunicação – TV, outdoors, internet, filmes, músicas – nas escolhas dos jovens e adolescentes.

A PRIMAZIA DOS SENTIMENTOS

Se fizéssemos uma exploração histórico-filosófica – aqui daremos somente umas breves pinceladas – desde a Idade Média até ao início do século XX, perceberíamos com muita facilidade que os domínios da inteligência e da vontade sempre se foram revezando na primazia: em algumas épocas, o grande “valor” social eram as conquistas e as guerras; em outras, as grandes descobertas; ora o heroísmo do além-mar, ora o mundo das idéias. Nem a inteligência nem a vontade nunca se deixaram perder ou rebaixar pelo mundo dos sentimentos e dos afetos. No início do século passado, influenciados tanto por alguns filósofos que, reagindo a tanto racionalismo e cientificismo humano, “lançaram no mercado” a supremacia dos sentimentos, como por um rápido desenvolvimento tecnológico, que oferece ao mundo conforto e prazer jamais imaginados pelos nossos antepassados, a sociedade se “vendeu” ao prazer.

Durante todos estes anos, semelhante idolatria foi crescendo e ganhando espaço e hoje – com a revolução tecnológica que permitiu a globalização –, parece que estamos chegando perto do seu ápice. O fato é que esta força social é a grande motivação de muitos pais para trabalharem doze horas por dia e se matarem irracionalmente para ganhar muito dinheiro que permita, primeiro, “ter” para curtir a vida e mostrar aos outros que “têm”; e, depois, oferecer aos filhos aquilo que a sociedade diz ser felicidade. Esta é a grande responsável de que os pais poupem sofrimento aos filhos, custe o que custar, em vez de lhes ensinar – aos pouquinhos – como enfrentar o sofrimento e dar-lhes um sentido na hora da dor. É ela que vem induzindo o adolescente a fazer de tudo para se “sentir” feliz de forma errada e nociva.

O que acontece quando a força negativa da natureza da criança se soma a essa força social? Qualquer pai ou mãe que analise em profundidade as conseqüências nocivas que essa resultante de forças cria, só pode e deve ficar bastante preocupado. Perceberá que muitas delas se identificarão com algumas das “chagas” sociais que tanto se comentam nas reportagens dos jornais e, quiçá, se encontram na sua própria família.

CONSEQÜÊNCIAS DO PRAZER COMO FINALIDADE

Uma criança que identifique felicidade com prazer facilmente se tornará consumista e materialista: só se “sentirá feliz” se puder ir ao shopping todos os fins de semana e comprar a vigésima calça para a festa da amiguinha; terá vergonha de ir ao colégio se o pai não tiver o carro do ano; fará de tudo, se precisar, para conseguir ter mais dinheiro.

Uma criança que é educada na dinâmica do sentimentalismo – fazer só o que gosta e fugir de tudo o que custa – será, em primeiro lugar, uma pessoa fraca de vontade: não terá capacidade de alcançar os ideais altos que exigem muita garra e fortaleza e será um inconstante infeliz; não conseguindo conquistar esses ideais e sendo “discriminado” pela vida, com muita probabilidade tornar-se-á uma pessoa depressiva – já chamam a depressão de “doença do século XXI”! – e imatura, porque não consegue vaga na faculdade, no mercado de trabalho, não é feliz no namoro, não tem alegria na vida. Para quem se encontra num estado interior assim, passar para a violência requer apenas um pulinho. A violência da classe média é, na maioria das vezes, reflexo da sua própria fraqueza, construída normalmente com as facilidades e mimos dos familiares.

Por outro lado, uma pessoa fraca, depressiva e violenta – queira ou não queira –tornar-se-á uma pessoa solitária, sem amigos e sem amores. Fica fácil entender agora por que muitos jovens hoje se escondem – se alienam, se refugiam – nas drogas e nas mais diversas modalidades do sexo? Por que parecem “bichos do mato”?

Por mais alarmistas que possam parecer estas considerações, é uma pena ter de reconhecer que se trata de uma realidade muito próxima. Em todos os exemplos anteriores, como consultor educacional e com experiência de mais de 20 anos na área educacional, poderia citar nomes e sobrenomes de inúmeros casos iguais ou semelhantes.

MOSTRAR ONDE ESTÁ A FELICIDADE

É necessário e urgente investirmos pesado na educação dos nossos jovens. É preciso mostrar-lhes que a felicidade não está no prazer desvairado e irracional, mas no prazer certo, no lugar certo, na medida certa e com a finalidade certa. Que para isso é preciso aprender, desde cedo, a dizer “não” a muitos desejos e impulsos. Que quando são bem explicados, os porquês dos “não” não só não traumatizam – como já se disse muito por aí – mas libertam, e no fundo estão dizendo “sim” à verdadeira felicidade, à verdadeira realização, aos verdadeiros amores. Que não é muito inteligente buscar um prazer imediato, irrefletido e animal, que conduza depois a tanta tristeza e depressão, que duram, às vezes, por períodos longos ou até a vida toda.

Está na hora de investir intensamente nas alegrias da inteligência, dos valores humanos, da descoberta do sentido da vida, da cultura, das convicções firmes. Como também chegou o momento de resgatar o papel fundamental que tem, no equilíbrio das paixões e na harmonia dos sentimentos, a conquista da vontade, do amor real e da verdadeira amizade. Somente assim será possível darmos às nossas crianças capacidade de enfrentar e superar toda a pressão interna e externa que sofrem todos os dias; e dar-lhes a possibilidade de vislumbrar horizontes mais humanos.

**João Malheiro

***Formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (1984) e mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003), com ênfase em Projeto Político Pedagógico. Atualmente é doutorando em Educação pela UFRJ, aprofundando no tema da falta de motivação no ensino-aprendizagem e como ela pode se relacionar com a vivência e o ensino da Ética.