sexta-feira, 22 de junho de 2007

A Evolução da Evolução



E Charles Darwin criou o homem. Ou, pelo menos, inventou o que hoje nós conhecemos como homem. Antes dele, éramos o centro do Universo, a obra sublime da criação. Agora somos apenas mais uma entre milhões e milhões de espécies, um bicho de origem nada especial.
Nada mesmo: a Teoria da Evolução deixou claro que todas as formas de vida que já pisaram na Terra são filhas da mesma tataravó - a história de como essa senhora, uma simples molécula, virou tudo o que existe hoje.
Assim, mostrando como a vida evolui, Darwin dispensou Deus do cargo de criador. E agora seus seguidores do século 21 querem fazer algo ainda mais chocante: mostrar que não passamos de escravos a serviço dos verdadeiros donos deste planeta.

Ah, tem mais: a teoria de Darwin pode ter desvendado o segredo dos buracos negros. E mostrado não só que deve haver vida fora da Terra mas em universos paralelos também. Quer saber como? Então vamos embarcar no velho Beagle. Primeira escala: o inferno.

O inferno de Darwin
O solo repleto de lava negra estava coberto de lagartos e tartarugas monstruosas. Caranguejos escarlates corriam por todos os lados. O calor era tão forte que atravessava as botas e queimava os pés. Cercado por uma vegetação composta de cactos de 3 metros de altura, girassóis do tamanho de árvores e arbustos desfolhados, Darwin escrevia em seu diário: "A superfície seca e crestada, aquecida pelo sol do meio-dia, deixava o ar abafado, quente como em um forno. Tínhamos a impressão de que até os arbustos cheiravam mal".
"Esse lugar é o inferno!", dizia Robert FitzRoy, capitão do navio de pesquisas Beagle, que levara o jovem Charles Darwin às Galápagos, um arquipélago no oceano Pacífico. FitzRoy queria um cavalheiro a bordo para lhe fazer companhia. E o abonado Darwin, de 22 anos, acabou escolhido, principalmente porque estava estudando para virar padre - mas também porque FitzRoy gostou do formato do nariz dele, que "sinalizava profundidade de caráter".
O capitão tinha dois objetivos para a viagem. Um a serviço do Império Britânico: mapear a costa da Patagônia. Outro, pessoal: encontrar provas científicas de que o mundo tinha sido criado de acordo com o que está na Bíblia. Mal sabia ele que o assassino de Deus estava a bordo.

A paisagem infernal das Galápagos, onde aportaram em 15 de setembro de 1835, após quase 4 anos de expedição, era um paraíso para Darwin. Ele pintou e bordou com tudo o que pôde naquele lugar perdido no tempo. Pegou carona nas tartarugas ("Era difícil manter o equilíbrio."), tirou onda com as iguanas ("Ela ficou olhando para mim como se quisesse dizer: Por que você puxou a minha cauda?") e encheu o bucho de iguarias exóticas ("Tatu é um prato excelente quando assado em sua carapaça."). De quebra tirou de lá a inspiração para a idéia mais importante e assustadora da história da ciência.

O gatilho para esse pensamento veio quando ele percebeu diferenças instigantes entre os bicos de uma espécie de passarinho das Galápagos, os tentilhões. Em uma ilha eles tinham bicos grossos, bons para quebrar nozes. Em outra, longos e finos, ideais para arranjar comida em frestas. Darwin imaginou que aquelas aves deviam ter se adaptado de algum jeito. Por mágica? Não: por um processo de seleção que levou gerações. Em ambas as ilhas teriam nascido pássaros de bico fino e de bico grosso. Naquela onde havia nozes para comer, só estes últimos teriam sobrevivido. A partir desse raciocínio simples, nascia um monstro.
De volta à Inglaterra, aos 27 anos, Darwin estudou a fundo as 5 436 carcaças, peles e ossos que colecionara na viagem do Beagle e concluiu que TODAS as espécies do mundo tinham passado por processos de adaptação equivalentes ao dos tentilhões. Bem devagarzinho.

Imagine as asas dos pássaros, por exemplo. Pela lógica de Darwin, elas não nasceram prontas. Em algum ninho dos ancestrais dos pássaros, que não voavam, surgiu um mutante, um "patinho feio", com uma pequena membrana que lhe permitia planar de vez em quando. Essa característica deu-lhe alguma vantagem na luta pela sobrevivência. E o bicho deixou mais descendentes que seus irmãos. A prole dele, que carregava a mesma mutação, também fez mais filhos, e por aí foi. Com o tempo, novos mutantes, novos patinhos feios, foram nascendo com asas cada vez melhores. E no fim das contas um novo tipo de animal se consolidava no planeta: os pássaros. Tudo às custas da extinção de outros bichos parecidos, só que menos adaptados à dureza da vida.

"A produção de animais superiores é conseqüência da natureza, da fome e da morte", escreveu Darwin. Nós mesmos, imaginou o inglês, não podíamos estar de fora. A diferença é que a evolução para a forma que temos hoje foi a partir de "macacos" (na verdade, animais parecidos com macacos) que foram desenvolvendo cérebros cada vez maiores, do mesmo jeito que os pássaros fizeram com as asas. E esses "macacos" vieram de outros bichos... Hoje sabemos de quem: de peixes mutantes que nasceram com a capacidade de respirar fora da água - nossos pulmões, por exemplo, vieram direto desses animais, que viviam em pântanos lamacentos. Aí não tinha mais jeito. Darwin já sabia que não éramos "a imagem e semelhança de Deus".

Agora responda: o que você faria ao perceber que na sua cabeça existe uma idéia que pode abalar as crenças mais profundas de quase toda a humanidade? Darwin sentiu o peso, e ficou aterrorizado. Demorou mais de 30 anos para publicar a idéia em seu livro A Origem das Espécies, de 1859. E ainda assim o livro só saiu quando ele leu um artigo de Alfred Russel Wallace, um biólogo inglês.
O texto continha uma teoria bem similar à da seleção natural, porém menos abrangente. Com medo de ser passado para trás, Darwin autorizou seu amigo Thomas Huxley a expor a Teoria da Evolução ao mundo científico, pois ele mesmo não teve coragem. "Foi como confessar um assassinato", escreveu. Por isso mesmo a teoria demorou para virar unanimidade entre os acadêmicos. Ela só foi aceita para valer quando outros cientistas, já no século 20, a refinaram com base na genética - a forma como os pais transmitem suas características aos filhos.

Esse renascimento deu um gás novo à Teoria da Evolução. E na década de 1930 começava uma nova revolução: o neodarwinismo. Com ele, uma idéia aterradora começou a sair do forno: a de que você não passa de um robô. Era a Teoria do Gene Egoísta, que ganhou corpo nos anos 70. E que afirma que, basicamente, somos sua máquina de sobrevivência dos genes

O sentido da vida
Genes mutantes e as pressões da seleção natural fizeram essa obra esplêndida que você vê no espelho todas as manhãs. Uma caminhada e tanto. Mas uma coisa não mudou através dos tempos: tudo o que os genes querem é fazer cópias de si mesmos. Foi para isso que eles criaram nosso corpo e nossa mente. E agora nos comandam lá de dentro, por controle remoto, para que trabalhemos em nome de sua preservação. A razão da existência? Lutar para que os genes façam cópias deles mesmos do melhor jeito possível. E, para os neodarwinistas, esse egoísmo dos genes é a chave para descobrir como a nossa mente funciona. O próprio Darwin tinha escrito, no final de A Origem das Espécies: "Agora a psicologia se assentará sobre um novo alicerce". Demorou, mas aconteceu. Uma nova ciência da mente ganhou terreno no final do século 20. Foi a psicologia evolucionista, que usa Darwin e a mecânica dos genes para entender o que se passa aí dentro da sua cabeça.

Premissa número 1 dessa ciência: a mente já nasce quase pronta. Ela não é uma folha em branco, em que qualquer coisa pode ser "escrita", como muitos filósofos e cientistas sociais defendem. Do ponto de vista da psicologia evolucionista, não faz sentido dizer que a cultura molda o nosso comportamento. Ela afirma que sua mente foi forjada ao longo de toda a evolução. E que você vem ao mundo com todos os "softwares" instalados no "hardware" da sua cabeça. Seus desejos, sua personalidade e tudo o mais dependem desses programas mentais. Nossa margem de manobra é pequena.

E tem outra: a mente humana ganhou os softwares que tem hoje nos últimos 200 000 anos, quando nossa espécie, o Homo sapiens, veio ao mundo. Passamos 97% desse tempo em bandos nômades, que viviam da caça e da coleta. Nossa mente, então, não passa de uma ferramenta da Idade da Pedra tentando se virar num mundo que não existe mais. Do ponto de vista dos nossos genes, ainda estamos no Paleolítico, uma época sem faculdade, carreira, dinheiro ou anticoncepcionais. Uma época em que só duas coisas realmente contavam.

Sexo e violência
Se ainda sobrou alguma coisa que você queria saber sobre sexo, mas não tinha coragem de perguntar, talvez a resposta dos evolucionistas sirva: ele é a forma que os genes arrumaram para melhorar as defesas da sua máquina de sobrevivência. Por exemplo: se você tem um sistema imunológico que não sabe se defender de algum vírus, e tudo o que você sabe fazer para se reproduzir são cópias de si mesmo, como as primeiras células da evolução, seus rebentos vão ter esse problema. E o clã inteiro vai morrer no caso de um ataque.

Agora, se você combina seus genes com o de um ser imune ao tal vírus, a história é outra: teoricamente, só uma parte do clã morreria. E o resto continuaria passando seus genes adiante como se nada tivesse acontecido. Ao criar esse tipo inovador de reprodução, a seleção natural tratou de dividir o trabalho entre dois tipos de funcionários especializados. Um teria a função de tentar pôr seus genes em qualquer máquina de sobrevivência que cruzasse seu caminho. O outro selecionaria entre esses primeiros quais têm os melhores genes para compartilhar e cuidaria da cria que os dois tivessem juntos. Em outras palavras, o mundo se dividia entre machos e fêmeas (em algumas espécies, os papéis se invertem: os filhotes ficam a cargo dos machos, então eles é que são os mais paquerados).

Enfim, ao ganhar o poder de decidir quais machos terão filhos e quais ficarão na prateleira, as fêmeas assumiram o controle da evolução na maioria das espécies. E, para a psicologia evolutiva, é isso que determina aquilo que mais importa na vida: a propagação dos nossos genes, coisa também conhecida como vida afetiva e sexual.

O sexo, hoje, tem pouca relação com o ato de fazer filhos. Você sabe. Nenhum adolescente pensa em engravidar 10 meninas quando vai viajar para o Carnaval. Mas os genes dele não fazem idéia de que existem camisinhas e tudo o mais, então deixam o rapaz com vontade de transar com 10 garotas e pronto. Se tudo der certo, esses genes poderão instalar-se no útero de um monte de meninas e construir um monte de bebês (várias máquinas de sobrevivência novinhas em folha!).

Do ponto de vista das fêmeas a história é outra: transar com 10 sujeitos num feriado não vai "render" 10 filhos para os genes dela se instalarem. Vai dar é uma baita dor de cabeça. Os contraceptivos poderiam deixá-las livres para fazer sexo só pelo prazer com um monte de seres do sexo oposto, como qualquer homem faz (ou tenta fazer). Mas não. O cérebro delas evoluiu para selecionar os melhores parceiros, ter poucos (e bons) filhos, não para tentar a sorte com qualquer um. Sem falar que, do tempo dos nossos ancestrais caçadores coletores até o século 20, sexo casual para elas era correr o risco de acabar com um bebê indesejado. Aí não tem ideologia liberal nem pílula que dê conta de superar esse "trauma" evolutivo.

Psicólogos da Universidade Stanford, nos EUA, checaram isso com uma experiência simples. Contrataram homens e mulheres atraentes para abordar estudantes e dizer: "Você gostaria de ir para a cama comigo hoje?" Nenhuma mulher aceitou. Já as garotas tiveram resultados melhores: 75% dos homens toparam no ato. Dos 25% restantes, a maioria pediu desculpas, explicando que tinha marcado de sair com a namorada.
Pois é: do ponto de vista da seleção natural, uma bela fêmea disponível é um bem valioso demais para ser desperdiçado. Nenhum homem se surpreende com isso (o pessoal da obra não está só brincando quando diz "ô, lá em casa!"), mas para as mulheres a verdade da psicologia evolucionista pode soar assustadora: "O desejo de variedade sexual nos homens é insaciável. Quanto maior for o número de mulheres com quem um homem tiver relações, mais filhos ele terá [pelo menos é o que "pensam" os genes]. Então demais nunca é o bastante", escreveu outro guru do neodarwinismo, o psicólogo Steven Pinker, da Universidade Harvard, nos EUA.
Esse apetite todo também ajuda a explicar as raízes de outro comportamento ancestral: a violência. Os despojos de guerra mais comuns nos conflitos tribais sempre foram as mulheres. Não é à toa que uma das lendas sobre a fundação de Roma, que aconteceu no século 8 a.C., celebra o dia em que os primeiros romanos atacaram uma tribo vizinha, a dos sabinos, e raptaram as mulheres deles para começar sua civilização. Não dá para não dizer que deu certo. E esse é o ponto: às vezes a violência é, sim, o melhor jeito de conseguir alguma coisa.
Então não há mistério para a psicologia evolucionista: como a violência funcionou ao longo da história, está impregnada nos nossos genes. "Os bebês só não matam uns aos outros porque não lhes damos acesso a facas e revólveres", disse o pediatra e psicólogo Richard Tremblay, da Universidade de Montreal, em uma entrevista à revista americana Science.
A grande questão, ele completa, não é como as crianças aprendem a agredir, mas como elas aprendem a não fazer isso. Intrigante, mas o psicólogo evolucionista Eduardo Ottoni, da USP, tem a resposta na ponta da língua: "A coisa mais complicada na vida de um primata é a capacidade de se virar em sociedades complexas. E se dar bem socialmente não é dar bifa em todo mundo". Então nada melhor que um pouco de altruísmo com alguns para ficar bonito na foto.
Os morcegos que o digam: entre as espécies que se alimentam de sangue, a vida não é fácil. Nem sempre dá para voltar pra caverna com o almoço na barriga. Mas os que conseguiram sangue durante o dia dão uma força aos malsucedidos, oferecendo a eles o sangue que sobrou na boca. Mas não tem conversa: quem não retribuir a oferta quando a situação for inversa fica com a reputação manchada e é banido do almoço grátis. Mas em alguns casos somos altruístas sem querer nada em troca, nem inconscientemente. Isso acontece quando se trata das nossas famílias. E é aí que, para os neodarwinistas, fica mais clara a forma como os genes nos dominam.

Para saber mais
Tábula RasaSteven Pinker, Companhia das Letras, 2004
O Relojoeiro CegoRichard Dwalkins, Companhia das Letras, 2001
A Vida no CosmosLee Smolin, Unisinos, 2004

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Matéria publicada na Folha de Londrina, 20/06/2007:
  • Manchete na primeira página:
Vaticano divulga cartilha com orientações para os motoristas inspirada nos dez mandamentos
(http://www.bonde.com.br/folhadelondrina/) - edição de 20/06/2007
A Matéria na página 10 do jornal impresso:

Ultrapassagem perigosa é pecado
Cidade do Vaticano- A ultrapassagem de um carro de forma perigosa é pecado para a Igreja Católica, segundo as recomendações divulgadas pelo Vaticano ontem para os motoristas. A ausência de cortesia, os gestos vulgares, as blasfêmias e os insultos também figuram entre os pecados mais comuns praticados pelos motoristas, assegurou o cardeal Renato Martino ao apresentar o documento ''Orientações para a pastoral das estradas'' preparada pelo Conselho Pontifício para os Migrantes, que recorda que os católicos devem fazer o sinal da cruz antes de iniciar uma viagem. ''Os meios de transporte podem servir para promover as virtudes cristãs, entre elas a prudência, a paciência e a caridade'', afirma o Conselho, que elaborou um ''decálogo especial'' para os motoristas inspirado nos dez mandamentos.
France Presse
Na internet, encontra-se no site:
http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=22264LINKCHMdt=20070620


Enviei ao Jornal a seguinte carta, comentando a matéria:

Pastoral das Estradas
Noticiado em primeira página, em letras garrafais, a Folha de Londrina desinforma seus leitores sobre a verdade dos fatos (edição de 20/06/2007 – Direção perigosa agora é pecado – página 10). Não existe nenhuma publicação ou declaração da Igreja Católica a respeito de ser “pecado” qualquer transgressão no trânsito. O resumo desta notícia – versão verdadeira – está à disposição no site http://www.zenit.org/article-15391?l=portuguese. O documento original, em italiano, encontra-se no site do vaticano, no endereço: http://212.77.1.245/news_services/bulletin/news/20446.php?index=20446&po_date=19.06.2007&lang=po.
No dito documento, em momento algum é proposto que alguma atitude desrespeitosa ou irresponsável no trânsito seja “pecado”, como sugere tal notícia publicada na Folha. Quando o jornal dá essa interpretação, banaliza irresponsavelmente um assunto extremamente importante: a preservação da vida no trânsito.
O número assustador de mortos nas ruas e estradas preocupa todos aqueles que defendem a vida. O Vaticano propõe que a “Pastoral das Estradas” seja difundida pelas Conferências Episcopais nos países em que ela ainda não existe. Tal Pastoral propõe-se a diminuir esses sofrimentos e mortes: ela deve agir de forma educativa e orientar os envolvidos no trânsito para que defendam a vida, sejam atenciosos e responsáveis. Entre as diversas ações, foram propostos dez tópicos – análogos aos Dez Mandamentos do Senhor – que orientam para a defesa da vida acima de tudo, além de uma convivência fraternal no trânsito, pautado sempre pela cortesia, prudência, caridade, apoio, perdão e responsabilidade.
Esta Pastoral tem, como uma de suas missões, denunciar situações perigosas e injustas causadas frequentemente pelo tráfego. Além disso, a Igreja e o Estado devem unir-se para combater a violência do trânsito, sob o objetivo comum da defesa da vida.
Se todos forem responsáveis quando estiverem no trânsito, observarem rigorosamente as regras básicas de defesa da vida, muitas mortes, mutilações e sofrimentos poderão ser evitados. Não precisa ser católico para perceber isso... aliás, não precisa seguir nenhuma religião para perceber o valor da vida e o cuidado que devemos ter para preservá-la!


A Folha de Londrina não quis publicar tal carta, sob a seguinte alegação:
Caro André, a notícia publicada pela Folha da agência France Presse traz exatamente o que os demais meios de comunicação informaram a respeito dos 10 mandamentos do motorista recomendados pelo Vaticano. A própria TV Globo, com sua correspondente na Itália, deu a mesma notícia. Portanto, não vemos razão para publicação de seu artigo. Contanto com sua compreensão e atenção, Editoria de Opinião da Folha de Londrina.


O que dizer????
Oras, a FOLHA DE LONDRINA coloca-se numa posição parcial, quando não admite um comentário de uma matéria que publica. Na verdade, não aceita a crítica.
A matéria publicada pela Folha, enquanto pouco mostra o verdadeiro objetivo da divulgação feita no Vaticano, propõe uma visão debochada e extremamente superficial, sobre um assunto sério debatido e proposto por uma instituição milenar que é a Igreja Católica.

No dia seguinte (21/06/2007), a Folha de Londrina publica novamente a mesma matéria, mas desta vez re-escrita por uma jornalista local. Piorou, pois agora esta jornalista foi às ruas buscar opiniões sobre o título da matéria e não sobre o conteúdo da matéria original - aliás, conteúdo que a Folha nunca deu seu verdadeiro e correto destaque. Subentende-se que o seu objetivo é superficial; não é de discutir o cerne da questão e muito menos divulgar o documento correto e verdadeiro emitido pelo Vaticano. Vejamos abaixo essa sequência:

No caderno CIDADES, página 02 - na coluna Fala, cidadão:

Você acha que dirigir de forma perigosa é pecado?

  • ''Penso que não. Acho que no dia-a-dia é preciso se acostumar. Sou católico não praticante, e acho que não tem nada a ver. Pecado é sair de casa mal-humorado e distribuir sua raiva em todo mundo na rua.'' Antônio Valério, 54 anos, taxista.
  • ''Depende. Tem que ver o que é a dirigir perigosamente. Se põe a vida de outras pessoas em risco, como dirigir em alta velocidade, furar semáforos, eu acho que é pecado sim. Se não, é falta de respeito e irresponsabilidade.'' Dartagnan de Vitor Carvalho Silva, 22 anos, auxiliar administrativo.
  • ''Sim, porque se a pessoa dirige de forma perigosa e mata alguém está pecando. Por isso concordo com essa orientação da Igreja. Acho que hoje em dia as pessoas não respeitam muito, e com isso elas vão se conscientizar mais.''Cláudia Manella, 34 anos, secretária.
  • ''Eu acho que considerar isso pecado é uma forma de sensibilizar as pessoas, e vai contribuir para melhorar o trânsito. Se for analisar a fundo, acho que é pecado sim. A gente vê cada barbaridade no trânsito que é só por Deus mesmo.'' Ângela Grigonis, 26 anos, comerciante.

Publicado no site (http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=22881LINKCHMdt=20070621)

Mais à frente, na página 04, a seguinte reportagem, sob o título:

Direção perigosa agora é pecado

A Igreja Católica divulgou esta semana uma lista dos dez mandamentos do motorista, considerando pecado desrespeitar orientações como ter cortesia, correção e prudência, ajudar o próximo em necessidade e as famílias dos acidentados, proteger a parte mais vulnerável, ser responsável para com o próximo e promover o perdão entre culpados e vítimas. A idéia de que, além de correr o risco de levar uma multa, o motorista pode também estar cometendo um pecado ao infringir as leis de trânsito pode, a longo prazo, provocar uma mudança de comportamento nos condutores de veículos. Essa é a opinião de Eliana Aparecida Ramos Damaceno, 42 anos. Ela é vereadora em Jaguapitã, e não gosta de dirigir em Londrina, porque aqui ''as pessoas não têm muito respeito''. Para ela, a cordialidade, o respeito e a prudência no trânsito são necessários independentemente da religião da pessoa. ''Não considero a infração a esses princípios um pecado, mas uma falta de respeito com o ser humano. Carro não é arma, é um meio de transporte'', define. Já o taxista Armando de Jesus, 60 anos, acredita que esse posicionamento da Igreja Católica não deve influir muito na atitude de cada um. ''Cada um deve saber o que faz'', recomenda. Mesmo sem ser católico, Armando concorda com a atitude da igreja em relação ao assunto. ''O motorista de Londrina buzina bastante, acha melhor buzinar do que frear. É preciso ter mais paciência. Não é fácil, mas a pessoa tem que se esforçar. Eu mesmo nem ligo, já me acostumei'', afirma.

Para Ildefonso Dellaroza, 77 anos, que sempre trabalhou dirigindo e há mais de 20 anos atua como taxista no mesmo ponto, manter a calma e ter paciência no trânsito de hoje é uma missão difícil. ''Às vezes tem carro que fica fazendo cera na minha frente, o motorista não anda dentro da faixa da sua pista, fala ao celular, e isso me irrita. Acho que cada um tem seu temperamento, e eu sou meio nervoso. Queria ser mais calmo, mas já nasci com o sangue meio violado'', argumenta. Apesar desse temperamento, Dellaroza preocupa-se em manter uma boa conduta no trânsito. O taxista conta que já se envolveu em um acidente em que o outro motorista estaria errado, mas acabou pagando o conserto de ambos os carros. ''Ele ficou tão feliz que veio me mostrar o carro dele consertado. E saiu falando bem de mim. Também sempre ajudo no que posso quando vejo um acidente'', conta, mostrando que, mesmo antes de o Vaticano divulgar os dez mandamentos do motorista, já havia praticado alguns deles.

O padre Romão Martins reconhece que a correria e o stress do dia-a-dia levam muitos a descontar sua raiva no trânsito, acabando por infringir algumas regras de conduta. ''A orientação do Vaticano procede, porque qualquer atentado contra a vida é um pecado. Pecado é tudo aquilo que atenta contra a vida e prejudica as relações humanas e com Deus'', esclarece, lembrando que se omitir ao invés de ajudar também é pecar. Para Romão, além de refletir, essas orientações devem levar o motorista a preparar o espírito e o coração para enfrentar o trânsito cada vez mais conturbado das grandes cidades. ''Eu mesmo já fui multado. Não é vergonha receber uma multa, porque qualquer pessoa é passível de cometer um erro. O que não se pode é fazer disso uma regra, colocar a vida alheia em risco. Prejudicar a vida de alguém é pior, e o valor é tão alto que não tem preço''.

Adriana Ito

Reportagem Local

http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=22906LINKCHMdt=20070621


Novamente pergunto: O que dizer????

Veja que, desta vez, a repórter não menciona a Pastoral das Estradas e nem a preocupação do Vaticano com a divulgação e crescimento desta Pastoral como um braço da Igreja que protegerá vidas e diminuirá o sofrimento das vítimas do trânsito.

Escrevi nova carta para a Folha, que desta vez, não se dignou a responder e muito menos a publicá-la. Veja a seguir:

Prezado Editor

Agora que publicaram uma reportagem local a respeito do assunto (não é uma reportagem "comprada" de outro veículo), acredito que aceitarão meus comentários...

Segue, então, minha opinião para o Espaço Aberto, a respeito da reportagem entitulada "Direção perigosa agora é pecado".

Grato pela atenção



Pastoral das Estradas

O título de uma notícia publicada na página 04 do caderno Cidades, da edição de 21/06/2007, desvirtua o conteúdo da matéria original: a divulgação da Pastoral das Estradas pelo Vaticano, no último dia 19/06. Outros jornais, como "O Estado De São Paulo" por exemplo, noticiaram a mesma matéria com uma chamada mais objetiva "Os Dez Mandamentos do Trânsito", e uma descrição objetiva de seu conteúdo, não perdendo seu foco em nenhum momento - confira no site: http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2007/jun/19/178.htm. O conteúdo dessa notícia está também à disposição no site http://www.zenit.org/article-15391?l=portuguese. O documento original, em italiano, encontra-se no site do vaticano, no endereço: http://212.77.1.245/news_services/bulletin/news/20446.php?index=20446&po_date=19.06.2007&lang=po.

As colocações do Padre Romão Martins foram muito bem vindas, já que esclarece o nobre objetivo da defesa da vida, e que qualquer ato contra a vida é uma transgressão moral: obviamente torna-se um pecado para os católicos e uma insensatez para aqueles que não são católicos ou que não acreditam em pecado!

O número assustador de mortos nas ruas e estradas preocupa todos aqueles que defendem a vida. O Vaticano propõe que a “Pastoral das Estradas” seja difundida pelas Conferências Episcopais nos países em que ela ainda não existe. Tal Pastoral propõe-se a diminuir esses sofrimentos e mortes: ela deve agir de forma educativa e orientar os envolvidos no trânsito para que defendam a vida, sejam atenciosos e responsáveis. Entre as diversas ações, foram propostos dez tópicos – análogos aos Dez Mandamentos do Senhor – que orientam para a defesa da vida acima de tudo, além de uma convivência fraternal no trânsito, pautado sempre pela cortesia, prudência, caridade, apoio, perdão e responsabilidade.

Esta Pastoral tem, como uma de suas missões, denunciar situações perigosas e injustas causadas frequentemente pelo tráfego. Além disso, a Igreja e o Estado devem unir-se para combater a violência do trânsito, sob o objetivo comum da defesa da vida.

Se todos forem responsáveis quando estiverem no trânsito, observarem rigorosamente as regras básicas de defesa da vida, muitas mortes, mutilações e sofrimentos poderão ser evitados. Não precisa ser católico para perceber isso... aliás, não precisa seguir nenhuma religião para perceber o valor da vida e o cuidado que devemos ter para preservá-la!


Mais uma vez, pergunto: O que dizer???...

Jornal de Londrina - Editorial - 19/06/2007:

"Estado e Igreja"

"Reportagem publicada na edição de domingo do JL mostra que o vereador Paulo Arildo (PSDB) tenta, através de projeto de lei, vetar a distribuição da chamada pílula do dia seguinte em serviços públicos de saúde. De acordo com a Secretaria Municipal de Saude, o medicamento é distribuido em casos extremos (como violência sexual) e ministrado mediante acompanhamento. O procedimento foi adotado em dois casos no último quadrimestre.
O tema do projeto é polêmico e delicado. Trata de um caso de saúde pública, mas que para alguns, ganha contornos religiosos, o que foge do ideal de racionalidade que rege o Estado moderno.
O problema é que o autor do projeto ignora o caráter laico do Estado brasileiro. A constituição garante a liberdade de culto e de crença, mas não adota uma religião oficial. O vereador ignora ainda que esse mesmo estado representa tanto a maioria cristã, quanto a minoria formada por integrantes de outras crenças e confissões, incluindo céticos.
Políticas públicas devem ser pautadas pelo objetivo de atender toda a sociedade sem que a opção religiosa seja levada em conta. Não cabe ao estado fazer juízo de valor ou discriminar qualquer cidadão ao formular suas políticas, principalmente numa área delicada como a saúde. O que se admite é que os cidadãos, com base na liuberdade garantida pelo texto constitucional, alicercem opções individuais nas suas convicções religiosas."

Comentário escrito por mim, em carta enviada ao JL, publicada no dia seguinte - 20/06/2007, sob o título ABORTO É PENA DE MORTE (título colocado por eles - título original é "A respeito do Editorial de 19/06/2007"):
"É decepcionante ler num jornal que tem uma circulação considerável no município de Londrina, um editorial expondo uma visão limitada a respeito de um assunto de importância vital como o aborto. Não conheço o projeto do referido vereador e não vem ao caso, já que mais grave são as palavras deste editorial. O aborto não é uma questão somente religiosa. Muito antes, é uma questão de defesa da vida e cabe ao Estado defendê-la incondicionalmente, independente de qualquer credo religioso. A insistência em tornar essa discussão unicamente religiosa é, no mínimo, capciosa, se não mal intencionada. O povo brasileiro não pode aceitar, em hipótese nenhuma, que o Estado tenha o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer. Aborto é pena de morte. Independente dos motivos que leva alguém a pensar nessa hipótese, o Estado deve ser tutor da vida e, através de missões educativas e orientadoras, impedir que a morte sobrevenha sobre qualquer um, principalmente sobre os inocentes fetos ainda gestantes. Corrigindo uma frase de tal editorial: "Políticas públicas devem ser pautadas pela defesa da vida, sem que a opção religiosa seja levada em conta"."

domingo, 3 de junho de 2007

Vida Regrada


Quando você se transforma em um líder, quando você vira pop star, quando a sua careca é estampada na propaganda de uma cerveja, a sua cabeça aprende a pensar SEGURANÇA, e não PROGRESSO. Entretanto, somente depois que você desafiar os seus preconceitos e paradigmas, você consegue ajudar alguém a fazer o mesmo.


Querida(o) Amiga(o),


Por que o gerente de marketing não leva a sério as idéias do gerente de vendas? Por que o gerente de produção nunca tem tempo para participar das reuniões semanais lideradas pelo gerente de logística? Por que o gerente de recursos humanos deleta quase automaticamente todos os e-mails enviados pelo gerente de vendas? Por que o gerente de produtos e serviços nunca participa de reuniões que incluam apenas profissionais do mesmo nível hierárquico que o seu ou inferior?


Por que essa gente grande não se respeita? Porque essa gente grande só respeita ordem de chefe e não de colegas?


Por que o chefe dessa turma precisa vestir o chapéu de Polícia da Empresa para colocar a turma na linha?


Por que esse tipo de coisa AINDA acontece na empresa em que você trabalha apesar de todo o dinheiro gasto com ferramentas de motivação, campanhas de incentivo, mapeamento de competências e sistemas de informática e gestão?


Por que colegas não respeitam as idéias uns dos outros e recusam a ser liderados por gente que nem a gente?


Por que as pessoas, apesar de afirmar que vão fazer as coisas, não fazem; não se importam em atrasar, não se importam em avisar proativamente os colegas sobre o atraso, não se importam com o que os outros pensam do seu profissionalismo?


O que é preciso fazer para terminar, varrer e eliminar da sua frente tanta palhaçada, complacência, desrespeito e falta de amor uns com os outros? A primeira coisa a fazer é parar de liderar a sua equipe com o estilo Carlos Alberto Parreira de ser. Qual é o estilo Parreira de liderar talentos? "Liderança é deixar os seus liderados jogar a vontade para que possam transformar todo o potencial que possuem em resultados dentro do campo".


NEM A PAU!!! QUE VIAGEM!!! QUE MEDIOCRIDADE!!!!


Mesmo que o seu gerente de vendas tenha batido todas as metas de faturamento nos últimos seis meses e tenha um histórico de conquistas internacionais e relacionamentos com clientes, você não pode deixar o cara jogar sozinho. Mesmo que o seu gerente de marketing seja o cara mais criativo que você conheça, vencedor de prêmios em Cannes e professor de MBA, você não pode terceirizar a quota do mês para alguma jogada sensacional do marketeiro. Se você tem os melhores do mundo trabalhando para você, você precisa definir altos padrões de trabalho para todos eles. E quando eu digo alto padrão de trabalho, é alto mesmo. Não tô brincando. Os melhores do mundo não aceitam qualquer idéia, não compram qualquer liderança, não engolem qualquer ordem. Gente medíocre requer liderança. Gente Grande, Excelente, Fantástica, Sensacional, Madura, Adulta, Educada, Estudada e Vivida, MELHOR DO MUNDO, requer MUITO MAIS liderança. Se você investe 10 minutos do seu tempo com a turma problemática, você precisa investir 1 hora do seu tempo com a turma que é MELHOR DO MUNDO. Gente medíocre, com suas balas de chumbinho, não fazem grandes estragos.


Deixe a turma solta. No máximo eles vão matar uns passarinhos aqui e outros ali. Gente Grande com seus canhões a laser, precisam ser direcionados para o mesmo lugar, senão, queimam toda a empresa, a todo momento, e por tabela, os matadores de passarinhos. Se 10 minutos com gente medíocre geram 10 resultados semi-medíocres. Uma hora com Gente Grande geram...???


O que eu estou dizendo é: VAMOS REGRAR A VIDA DOS MELHORES DO MUNDO!!!! Ou melhor, vamos deixá-los REGRAR suas próprias vidas. Como? Ligue agora para um hotel fazenda ou praia, 50 quilômetros distante do seu escritório, e peça por uma sala de reuniões que não tenha janelas, que não tenha telefone, que não tenha conexão com internet, que não tenha energia elétrica, que tenha bloqueador de celular. Diga ao hotel que você precisa da sala por um dia inteiro. Diga que você precisa de apenas uma mesa redonda dentro da sala, uma mesa grande o bastante para acomodar o número de gerentes de gente que você possui ao seu redor. Diga ao gerente do hotel que você vai reunir na sala os cavaleiros da távola redonda da sua empresa. Uma vez agendada, comunique a data da reunião aos seus cavaleiros. Diga que será terminantemente proibido o uso de celulares, notebooks e computadores de mão durante a reunião. Diga que sobre a mesa de reunião será permitida apenas folhas de papel, caneta e lápis.


O dia inteiro, sem exceção, sem interrupção.


Diga que o objetivo da reunião é definir o ESTATUTO DO ADULTO da sua empresa.


Diga que todos terão a oportunidade de definir as REGRAS DE COMPORTAMENTO e as CONSEQUÊNCIAS para aqueles que infringirem a LEI.


Diga que você acredita que a gerentada da empresa é FANTÁSTICA. Diga que você não espera nada menos do que o ESTADO-DA-ARTE em PADRÃO DE COMPORTAMENTO E HUMANIDADE para o ESTATUTO DO ADULTO (entenda-se: MANIFESTO DA LIDERANÇA).


Vá para a reunião. Provoque a participação de todos. Cada gerente deve expor cinco comportamentos que devem estar presentes no MANIFESTO. Cada novo item proposto para essa nova CONSTITUIÇÃO deve ser debatido durante 10 minutos ou até alguém encontrar uma razão para incluir e uma razão para excluir. Uma vez definida a nova CONSTITUIÇÃO, ESTATUTO ou MANIFESTO da LIDERANÇA da sua empresa, leia atentamente. O ESTATUTO é da estatura do grupo? A nova CONSTITUIÇÃO exige FIBRA para se tornar realidade? O MANIFESTO vai fazer de todos melhores SERES HUMANOS? O grupo foi exigente o bastante uns com os outros? Mesmo que tenham sido, uma vez líder dos líderes, você precisa levantar a barra ainda mais. Deixe-me dizer a você o que o ESTATUTO DO ADULTO deve cobrir: Quanto houver reuniões do grupo, a participação de todos é inegociável. Se você disser que vai fazer alguma coisa para algum membro do grupo, faça. Se você se comprometeu a fazer uma atividade, mas algum problema apareceu que irá impedir você de entregar o prometido, avise os colegas com antecedência. Seja receptivo a novas idéias. Não use velhas histórias sobre pessoas que tentaram fazer e não conseguiram. Não diga que não pode ser feito até que você tenha craniado construtivamente sobre a questão "Como nós podemos fazer essa idéia funcionar?". Não aponte culpados. Todo sucesso que tivermos é um sucesso do grupo e toda falha que tivermos é uma oportunidade para o grupo se corrigir, e aprender algo novo, e melhorar. Todas as discussões de idéias, disfunções, bateção de cabeça entre os membros do grupo devem permanecer dentro do grupo. Nunca fale mal de qualquer membro do grupo, ou discussões que aconteceram durante as reuniões para qualquer funcionário ou membro do grupo. Enquanto 100% dos participantes do grupo não aprovarem ou comprarem uma idéia discutida em grupo, a discussão não termina. O Consenso total entre os membros do grupo deve ser o objetivo de todas as discussões de idéias. Qualquer membro do grupo pode e deve interromper outro membro do grupo quando suas atitudes e comportamentos não estiverem de acordo com os princípios que guiam o grupo. Qualquer membro do grupo está encorajado a dizer "Nós não concordamos em fazer X? Por que estamos fazendo Y...?". Quando um membro do grupo violar um dos princípios determinados no estatuto, o cidadão deve pagar uma multa estipulada pelos membros do grupo. O grupo será intolerante com os membros que apresentarem os seguintes comportamentos: abuso do poder com outros membros do grupo ou funcionários, fofoqueiro, reclamão, chorão; fujão de responsabilidades, incapacidade de medir o trabalho que entrega, falta de espírito de trabalho em equipe, intimidação, fazer das suas as regras que todos devem seguir, praticar politicagem, abandonar uma discussão porque suas idéias não foram aceitas, falta de auto-motivação, auto-estima, amor próprio, falta de confiança nos colegas, respeito e integridade, falta de diplomacia, gentileza e profissionalismo. Todo membro do grupo deve manter-se focado em metas tangíveis e comprometer-se publicamente com resultados mensuráveis além de definir prazos finais para tomar decisões. Além disso, todos devem discutir abertamente a performance da empresa e sua própria performance versus metas, métricas e comportamentos. Confronte diretamente todos os membros do grupo sobre comportamentos e resultados. Todos devem encarar os problemas assim que surgirem, falar sempre a Verdade, e quando não souber qual é a Verdade, investigar, questionar, provocar opiniões diferentes entre os membros do grupo e entre os funcionários até que a Verdade apareça. Por fim, TODO MEMBRO do grupo deve fazer VISITAS FREQUENTES e CONSISTENTES aos Clientes que somados trazem 80% dos negócios da empresa.


A palhaçada ACABOU. A energia vai ser concentrada. A Vida vai ser Regrada.


Nada mais do que isso interessa.

sábado, 2 de junho de 2007

Até os deuses estendem a mão para o Audacioso


ENCARE A REALIDADE! Ninguém deve nada para você. O que você alcança na Vida está diretamente relacionado com o quê você faz ou deixa de fazer. NADA É SAGRADO! Você pode mudar tudo na sua vida para melhor ou para pior quando você quiser. Desculpas são para perdedores! Aqueles que assumem a responsabilidade pela vida que tem são os reais vencedores nessa Vida. Vencedores enfrentam os desafios, mesmo sabendo que não existe nenhuma garantia de ser bem-sucedido.


Querida(o) Amiga(o),


Eu quero compartilhar com você a melhor declaração sobre empreendedorismo, amor próprio, auto-estima, convicção e vontade de vencer que eu ouvi nos últimos tempos. "A maneira tradicional de encarar a exploração do espaço tem sido carregar todo o combustível que você precisa para trazer os astronautas de volta em caso de emergência. Mas para conseguir chegar mais longe, nós precisamos ser mais arrojados. A primeira equipe de expedição precisa viajar até a Lua sem o combustível necessário para retornar a Terra, e produzi-lo por lá. Nós podemos fazer isso em 7 anos, e eu pretendo liderar essa expedição. Houve um tempo em que as pessoas faziam coisas arrojadas para abrir novas fronteiras. Nós coletivamente esquecemos de fazer isso.


Hoje nós vivemos um momento em que precisamos ser novamente arrojados." Bill Stone, explorador, 11 de Março na TED Conference. Quando eu ouvi essa declaração pela primeira vez dias atrás eu fiquei arrepiado. Pegar um foguete sem combustível para voltar?!!! É por isso que eu e o Andróide da Johnnie Walker somos FÃS DO SER HUMANO!!! Ele, como eu, não vemos a hora de sentir medo, insegurança, dor, problemas, dúvidas, tristezas e arrepios nas nossas Vidas. Robô é aquele que foge desses sentimentos! Nesse mundo tão cheio de seguros de vida, carro, casa, status, emprego, telefone, saúde, carteiras de trabalho e sistemas de senhas fortes e segurança criptografada, alguém vai se tornar SER HUMANHO, furar as amarras da mediocridade, embarcar na aventura de seguir as suas próprias convicções, fatos e trabalho. A beleza da declaração de Bill Stone vai além da coragem de se arriscar. O melhor está no fato de assumir os riscos do projeto, a frente da própria batalha, a responsabilidade pelos próprios erros (se acontecerem), a cobaia da sua própria idéia. "Se alguém tiver que arriscar alguma coisa, que seja eu; se alguém tiver que morrer por alguma coisa, que seja eu; viva pelas suas próprias convicções, nunca peça para alguém fazer algo que você mesmo não faria, não explore as outras pessoas, não arrisque o pescoço dos outros, não pise no calo de ninguém, não se aproveite da ingênuidade das angústias e das inseguranças das outras pessoas para lucrar sozinho; pague todos os impostos, nunca peça para alguém trazer água para você, levante-se e vai buscar, experimente o seu próprio vinho, seja cliente da sua própria empresa; "desafie todos os deuses, por que se existir algum, ele espera que você seja audacioso, e não um medroso, ele te espera no completo desconhecido, e não no céu azul", minha lápide, 1960 ∞ 2069.


Dias atrás alguém me perguntou, "A equipe de vendas da minha empresa está acomodada. Os caras viraram tiradores de pedido. Eu não consigo fazê-los trabalhar proativamente, vender novos produtos para novos clientes de novas maneiras. O que eu devo fazer? Mandar todos embora e contratar uma nova equipe?", "Quem é o gerente dessa turma? Quem é o responsável por essas Vidas?", perguntei, "Se você tiver que mandar alguém embora, mande embora o gerente. Se a turma está acomodada, é porque o gerente está acomodado. Se falta audácia na equipe, falta audácia no líder. Fora com o gerente!". Quem é o responsável pela queda de vendas na sua empresa? O mercado, o Lula, o dólar, o prefeito, o síndico, a equipe de vendas, o sistema de informática que trava todos os dias, o crédito que não sai, o estoque que não baixa, a importação que não chega? BESTEIRA!!! QUEM É O RESPONSÁVEL PELA BADERNA?!!! Pare de ser complacente com a equipe, encontre o indivíduo, a causa do problema, o problema. ENCARE A REALIDADE!


Quando o Legacy derrubou o avião da Gol meses atrás, especialistas de todos os tipos apareceram na televisão, internet e blá blá blá responsabilizando uma "série de erros" pelo acidente. "É impossível determinar a causa do problema. Em casos como esse, uma coisa leva a outra" afirmou alguns letrados, É MESMO EINSTEIN??! BESTEIRA!!! Eu posso até engolir a filosofia da causa e efeito e ação e reação, mas a questão é QUEM FOI O RESPONSÁVEL? O problema não está na equipe de controladores de vôo de todo o Brasil, o problema está em UM único controlador; o aparelho do Legacy que detecta outras aeronaves quando estiverem próximas não foi desligado pelos EUA, mas por um único americano preguiçoso. Quem foi ele? Mas, eu não quero resolver o problema do Legacy, eu tenho certeza que pessoas mais competentes estão engajadas, comprometidas, e não vão esquecer de fazer valer a lei para os responsáveis pelo acidente.
Eu quero resolver o problema da tua empresa. Ou melhor, quem é o responsável por resolver o problema da tua empresa? Ou melhor, quais são os problemas da tua empresa? Você sabe? Tem certeza? De cabeça não vale. Cadê o papel com os problemas da tua empresa escritos nele? Talvez você já tenha ouvido alguém dizer algo parecido com "Está difícil tirar as idéias do papel e colocar em prática", BESTEIRA!!!! Eu não conheço ninguém que tenha colocado as idéias no papel e não colocado em prática. Mas eu conheço CENTENAS DE PESSOAS que não colocam suas idéias em prática porque NUNCA colocaram as idéias no papel. Como você pode saber o quê fazer, quando fazer, porque fazer, se vale a pena fazer, e o quê vem antes do quê, se você fica guardando dentro de você? Eu sei que as vezes você é um cara muito ocupado na posição de gerente de vendas, mas quem é o responsavél pelo problema de vender novos produtos para novos clientes de novas maneiras? Eu sei que as vezes você é um cara muito ocupado na posição de diretor de marketing, mas quem é o responsável por consolidar os diferenciais da empresa? Eu sei que você é uma pessoa muita ocupada como gerente de recursos humanos, mas quem é responsável por ensinar ética e criatividade para todos os funcionários? Eu não sei sobre você mas eu posso falar sobre mim. A minha lápide já está escrita. Eu não quero que ninguém faça nada por mim. Eu faço as minhas próprias ligações, eu tiro os meus próprios relatórios, eu tenho as minhas próprias interpretações. Eu sou responsável por X números de projetos e estou disposto e ser mandado embora (se não trouxer resultados) ou ser bem recompensado por eles.


Você está pronto para viver no mundo dos Seres Humanos?


NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Acusações infundadas

Acusa a Igreja Católica de obscurantista? Sente-se aliviada porque “já se livrou da doutrinação” da Igreja Católica? (Folha de Londrina - Cartas, página 02 - edição de 25/05/07) Então assuma sua opção de vida sem agredir uma instituição milenar que prega a vida segundo o Cristianismo: o amor, a paz e a defesa da vida, e por isso é contra o uso da camisinha, o aborto e as pesquisas com células tronco de origem embrionária: a camisinha banaliza o amor e prega a libertinagem sexual e o aborto é um atentado contra a vida humana! Porque matar seres vivos se os cientistas podem obter resultados tão positivos com as células tronco obtidas de adultos? Ora, não lhe parece uma ambigüidade matar um embrião para pesquisar uma possível cura? Já pensou que este embrião poderia ter sido você?