Eu digo NÃO!
Mais uma vez está comprovado que entregar ao Estado a responsabilidade das obrigações da família é um desastre total. A lição de casa deve ser feita em casa e pelos próprios pais, e não em outro lugar e nem por outros que não sejam os próprios responsáveis, as mazelas irão se espalhando, plantando inconsequências e confusão em todos os cantos.
Na ausência de quem o faça responsavelmente, sempre haverá quem tome o lugar e o faça da forma que lhe convier. Da mesma forma que, quando a família se omite perante diversas necessidades dos seus filhos, estes por sua vez procuram quem as satisfaça e muitas vezes caem nas garras dos traficantes de diversos produtos: entorpecentes, sexo, e da vida.
Também por esse vácuo familiar, assistimos o Estado assumir responsabilidades da família, quando esta se omitiu nos tempos devidos. Várias questões anteriores à esta - máquinas de camisinhas - deveriam ter sido responsavelmente discutidas nos momentos em que se apresentaram e não o foram. Ficaram perdidas nos discursos de "educadores" e curiosos (mais de "curiosos" do que educadores).
Assim, o Estado, autodenominando-se tutor da juventude, acha por bem pregar que: o sexo deve ser discutido da forma mais superficial possível, valorizando o prazer (pior ainda: o prazer individual e nunca do companheiro(a)) em detrimento de seus nobres objetivos, evitando polemizar a necessidade do casamento, a objetividade da reprodução, justificando-se, para tanto, em sua laicidade - um viés ao avesso; gravidez - que habituou-se acompanhá-la sempre do adjetivo "indesejada" - nunca é pregada como deveria ser: uma felicidade, porque resultou do amor profundo entre duas pessoas e do sexo responsável, e que agora devem sentir-se orgulhosos por terem sob suas responsabilidades uma nova vida que está a caminho. Mas não. Prega-se o avesso: casamento? Em desuso. Família? Muito "custoso". Educar os filhos? As escolas que se virem. Sexo? Quando quiser. Gravidez? Indesejável sempre... para evitar, use camisinha... se não conseguiu, estamos providenciando o aborto legal.
E assim caminhamos a passos largos em direção à completa destruição dos valores pessoais, do amor, da caridade, da família e, sobretudo, da proteção da vida como meta primordial de vida. A vida torna-se uma mercadoria, podendo ser escolhida quando e como deverá ser presente. Camisinhas à rolê nas escolas é um convite à promiscuidade, ao sexo banal, inconsequente e o risco da gravidez irresponsável.
As saídas que o Estado, em sua decadência moral, encontra para os problemas são as mais fáceis e menos custosas: o paternalismo míope das diversas bolsas descompromissadas com a qualificação pessoal e profissional, e as cotas nas universidades na contramão da melhora da qualidade do ensino são dois exemplos do mesmo viés das máquinas de camisinha. Não trarão nenhum benefício para a sociedade; ao contrário, pioram ainda mais a qualidade de vida, na medida que lhes rouba a essência de suas vidas: a defesa da própria vida!
Carta publicada na Folha de Londrina - edição de 13/09/2008 - página 03. (exceto o trecho em itálico, que foi cortado por "falta de espaço".
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