Em resposta à Assessoria de Imprensa do DETRAN/PR à carta publicada na edição de 21/04 na Folha de Londrina, sobre as blitzes educativas: - Eu sei que a intenção do DETRAN/PR é outra, mas o método utilizado é equivocado. Acho que o DETRAN/PR deveria consultar especialistas para rever seus métodos. Eu não concordo que "presentear" os filhos com um chocolate seja a forma mais correta de educá-los: O QUE PRECISA SER NOTADO É QUE O CHOCOLATE, ALÉM DE NÃO SER UMA PUNIÇÃO PARA OS PAIS, É UM PRESENTE PARA AS CRIANÇAS, EM TROCO DA CADA CONTRAVENÇÃO, O QUE NÃO É NADA EDUCATIVO E NÃO COLABORA EM NADA PARA MELHORAR O TRÂNSITO DA CIDADE. Ou vocês pensam que os contraventores compulsivos vão parar de furar os sinais vermelhos só porque seus filhos cobram-lhe um bombom? A educação deve ir muito mais longe: o "exemplo" a ser seguido dentro de casa. O pai/mãe motorista cumpre a regra de trânsito porque é uma lei e ponto final. Dar um doce para a criança a cada conversão proibida não é um bom exemplo a ser seguido. Leva a criança a entender que, com um chocolate ele paga suas contravenções, SEM QUE A AUTORIDADE MÁXIMA FIQUE SABENDO. O que isso significa? Corrupção. Inconscientemente esta criança esta assimilando que o pai, ao dar-lhe um chocolate, está "escapando" da punição real. Disciplina depende, e muito, do caráter. Enfim, eu não concordo com a metodologia aplicada. O respeito às leis (sejam de trânsito ou outra qualquer) não deve estar ligado ao pagamento ou não de uma multa ou uma recompensa. E nem pode dependenter disso. A lei tem que ser respeitada e ponto final. Não se deve criar na criança a lógica de que ela poderá desrespeitar a lei sempre que quiser, porque "basta pagar" a multa para se livrar da culpa. A lei é para ser respeitada e não se discute. A multa deve ser encarada como uma vergonha para o cidadão ou uma desmoralização do mesmo perante a sociedade, porque demonstra que ele não foi capaz de respeitar a lei.
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